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Crise do Supereu e o Caráter Criminógeno da Sociedade de Consumo, A

Domingos Barroso da Costa

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Ficha técnica

Autor(es): Domingos Barroso da Costa

ISBN v. impressa: 978853622608-8

ISBN v. digital: 978853627617-5

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 208grs.

Número de páginas: 194

Publicado em: 23/09/2009

Área(s): Psicologia - Psicanálise

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Sinopse

A Crise do Supereu e o Caráter Criminógeno da Sociedade de Consumo encerra uma aguda análise sobre os aspectos sociais e subjetivos da criminalidade contemporânea. Tomando por eixo central a realidade brasileira, insere-a no contexto global para abordar a passagem da Modernidade para o que se denomina Pós-modernidade, com a superação de uma sociedade de produção por um modelo que se funda no consumo.
Delineado o panorama social, cuida então das mudanças experimentadas pelos sujeitos envolvidos na dinâmica transicional exposta. Pela Psicanálise, mergulha nos processos de construção das subjetividades, do desfazimento de uma rede social amarrada na Lei e do declínio do Outro diante de um Eu ávido por gozar. Desfazem-se os laços que continham a violência de impulsos primitivos, que atualmente circulam livres, manifestando todo seu potencial de destruição.
Avança a criminalidade, numa funesta marcha que denuncia a insuficiência do aparato estatal destinado a barrá-la. Desvela-se a crise de legitimidade por que passa o sistema repressivo do Estado e, em especial, o Direito Penal, que cada vez mais se apresenta como um instrumento de poder a serviço da elite econômica. Nesse contexto, evidencia-se que a contenção da violência que hoje assombra o país depende muito mais do resgate de valores éticos que do reforço de um sistema penal historicamente corrompido e desvinculado da realidade.
Destas páginas, portanto, emerge um trabalho calcado na abordagem interdisciplinar, imprescindível ao estudo de fenômeno tão complexo como a criminalidade. Verdadeiro elogio aos ideais pós-positivistas, traz a ética como referência à superação do positivismo e sua crença na pureza e isolamento dos saberes, realçando a necessidade de se conferir uma função social a toda produção científica.

Autor(es)

Domingos Barroso da Costa é Mestre em Psicologia pela PUC/MG; Especialista em Criminologia e Direito Público; graduado em Direito pela UFMG; Advogado e Professor universitário. Conta com diversos artigos publicados em revistas e periódicos brasileiros, os quais têm por principal marca a abordagem interdisciplinar ao fenômeno da criminalidade na sociedade contemporânea.

Sumário

1 INTRODUÇÃO, p. 37

1.1 A Legitimidade do Estudo Proposto diante da Ausência de Respostas Adequadas ao Avanço da Criminalidade e da Violência, p. 40

1.2 Da Abordagem aos Fenômenos da Criminalidade e da Violência a partir da Interface entre Psicanálise e Direito, p. 44

1.3 Da Elaboração e Apresentação dos Capítulos, p. 45

1.3.1 Parte I - O indivíduo, a sociedade e a lei, no Brasil e no mundo, p. 45

1.3.2 Parte II - Da lei do desejo à anomia do gozo: as transformações culturais pelas lentes da psicanálise, p. 46

1.3.3 Parte III - Violência e criminalidade: uma questão ética, p. 48

1.4 Desfecho Introdutório, p. 49

PARTE I O INDIVÍDUO, A SOCIEDADE E A LEI, NO BRASIL E NO MUNDO, p. 51

2 O BRASILEIRO E A LEI - UMA RELAÇÃO HISTORICAMENTE PERVERSA, p. 53

2.1 A Prodigalidade Legislativa em Contraposição à Ineficácia Prática das Normas Brasileiras, p. 59

3 DA MODERNIDADE À PÓS-MODERNIDADE - ASPECTOS SOCIAIS E SUBJETIVOS DE UM PERÍODO DE EXTREMOS, p. 65

Mito grego sobre a Idade do Ferro, p. 65

3.1 A Emergência do Individual, p. 67

3.2 Sua Majestade, o Indivíduo Consumidor, p. 72

PARTE II DA LEI DO DESEJO À ANOMIA DO GOZO: AS TRANSFORMAÇÕES CULTURAIS PELAS LENTES DA PSICANÁLISE, p. 79

4 O SUPEREU FREUDIANO E SUA RELAÇÃO COM A CULTURA, p. 81

4.1 O Supereu e a Sociedade Moderna, p. 81

4.1.1 A estruturação do supereu a partir de uma breve síntese do modelo freudiano de constituição da personalidade, p. 81

4.2 O Supereu e sua Relação com a Pulsão de Morte, p. 89

4.3 A Passagem da Modernidade para a Pós-modernidade, marcada pela Conversão da Sociedade de Produção em Sociedade de Consumo, com a Instauração de uma Crise no Supereu do Sujeito Contemporâneo, p. 95

4.3.1 A crise do supereu e o caráter criminógeno da sociedade de consumo, p. 104

5 A DEGENERAÇÃO DO LAÇO SOCIAL: DESEJO X GOZO, p. 113

5.1 A Lei e o Laço Social, p. 114

5.1.1 O laço social em totem e tabu, p. 116

5.1.2 O laço social e o inconsciente estruturado como uma linguagem, p. 118

5.2 A Lei, o Desejo e o Laço Social, p. 121

5.3 A Emergência do Gozo e a Degeneração do Laço Social, p. 125

PARTE III VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE: UMA QUESTÃO ÉTICA, p. 131

6 XEQUE-MATE: UM GOLPE ÉTICO NA LEGITIMIDADE DO SISTEMA PENAL, p. 133

6.1 Sobre a Ilegitimidade Ontológica/Radical do Sistema Penal, p. 135

6.2 Inclusão Cultural e Exclusão Social: a Privação Relativa e a Sociedade de Consumo, p. 141

6.2.1 O estado penalmente máximo e socialmente mínimo, p. 145

7 CRIMINALIDADE E VIOLÊNCIA NO BRASIL GLOBALIZADO: UMA ANÁLISE CRÍTICA ACERCA DAS RESPOSTAS DO ESTADO, p. 149

7.1 A identificação social pelo parecer ter e o poder da lei penal enquanto instrumento de manutenção do status quo, p. 156

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 163

REFERÊNCIAS, p. 171

APÊNDICE A, p. 179

APÊNDICE B, p. 180

APÊNDICE C, p. 181

APÊNDICE D, p. 182

Índice alfabético

A

Abordagem aos fenômenos da criminalidade e da violência a partir da interface entre psicanálise e direito, p. 44
Análise crítica acerca das respostas doEstado. Criminalidade e violência no Brasil globalizado, p. 149
Apresentação e elaboração dos capítulos, p. 45
Apresentação, p. 13
Aspectos sociais e subjetivos de um período de extremos. Modernidade à pós-modernidade, p. 65
Avanço da criminalidade e da violência. Legitimidade do estudo proposto diante da ausência de respostas adequadas ao avanço da criminalidade e da violência, p. 40

B

Brasil. Indivíduo, a sociedade ea lei, no Brasil e no mundo, p. 45
Brasil. Prodigalidade legislativa em contraposição à ineficácia prática das normas brasileiras, p. 59
Brasileiro e a lei, uma relação historicamente perversa, p. 53

C

Capítulos. Elaboração e apresentação, p. 45
Caráter criminógeno da sociedade de consumo. Crise do supereu, p. 104
Considerações finais, p. 163
Consumidor. Sua majestade, o indivíduo consumidor, p. 72
Criminalidade e violência no Brasil globalizado. Análise crítica acerca das respostas do Estado, p. 149
Criminalidade e violência: uma questão ética, p. 48
Criminalidade. Abordagem aos fenômenos da criminalidade e da violência a partir da interface entre psicanálise e direito, p. 44
Criminalidade. Legitimidade do estudo proposto diante da ausência de respostas adequadas ao avanço da criminalidade e da violência, p. 40
Crise do supereu e o caráter criminógeno da sociedade de consumo, p. 104
Crise do supereu. Passagem da modernidade para a pós-modernidade, marcada pela conversão da sociedade de produção em sociedade de consumo, com a instauração de uma crise no supereu do sujeito contemporâneo, p. 95
Cultura. Da lei do desejo à anomia do gozo. Transformações culturais pelas lentes da psicanálise, p. 46

D

Da lei do desejo à anomia do gozo. Transformações culturais pelas lentes da psicanálise, p. 46
Degeneração do laço social: desejo x gozo, p. 113
Degeneração do laço social.Emergência do gozo, p. 125
Desejo x gozo. Degeneração do laço social, p. 113
Desejo. Da lei do desejo à anomia do gozo. Transformações culturais pelas lentes da psicanálise, p. 46
Desejo. Lei, o desejo e o laço social, p. 121
Desfecho introdutório, p. 49

E

Elaboração e apresentação dos capítulos, p. 45
Emergência do gozo e a degeneração do laço social, p. 125
Emergência do individual, p. 67
Estado penalmente máximo e socialmente mínimo, p. 145
Estado. Violência e criminalidade no Brasil globalizado. Análise crítica acerca das respostas do Estado, p. 149
Estruturação do supereu a partir de uma breve síntese do modelo freudiano de constituição da personalidade, p. 81
Ética. Xeque-mate: um golpe ético na legitimidade do sistema penal, p. 133
Exclusão social e inclusão cultural. Privação relativa e a sociedade de consumo, p. 141

F

Fenômenos da criminalidade e da violência a partir da interface entre psicanálise e direito. Violência, p. 44
Freud. Estruturação do supereu a partir de uma breve síntese do modelo freudiano de constituição da personalidade, p. 81

G

Globalização. Criminalidade e violência no Brasil globalizado. Análise crítica acerca das respostas do Estado, p. 149
Gozo x desejo. Degeneração do laço social, p. 113
Gozo. Da lei do desejo à anomia do gozo. Transformações culturais pelas lentes da psicanálise, p. 46
Gozo. Emergência do gozo e a degeneração do laço social, p. 125
Grécia. Mito grego sobre a idade do ferro, p. 65

H

Histórico. Brasileiro e a lei, uma relação historicamente perversa, p. 53

I

Identificação social pelo parecer ter e o poder da lei penal enquanto instrumento de manutenção do status quo, p. 156
Ilegitimidade do sistema penal. Sobre a ilegitimidade ontológica/radical do sistema penal, p. 135
Inclusão cultural e exclusão social: a privação relativa e a sociedade de consumo, p. 141
Inconsciente estruturado como uma linguagem. Laço social, p. 118
Indivíduo, a sociedade e a lei, no Brasil e no mundo, p. 45
Indivíduo. Emergência do individual, p. 67
Ineficácia prática das normas brasileiras. Prodigalidade legislativa em contraposição à ineficácia prática das normas brasileiras, p. 59
Interface entre psicanálise e direito. Abordagem aos fenômenos da criminalidade e da violência, p. 44
Introdução, p. 37
Introdução. Desfecho introdutório, p. 49

L

Laço social e lei, p. 114
Laço social e o inconsciente estruturado como uma linguagem, p. 118
Laço social em totem e tabu, p. 116
Laço social. Degeneração. Desejo x gozo, p. 113
Laço social. Emergência do gozo ea degeneração do laço social, p. 125
Laço social. Lei, o desejo e o laço social, p. 121
Legitimidade do estudo proposto diante da ausência de respostas adequadas ao avanço da criminalidade e da violência, p. 40
Legitimidade do sistema penal. Sobre a ilegitimidade ontológica/radical do sistema penal, p. 135
Legitimidade do sistema penal. Xeque-mate: um golpe ético na legitimidade do sistema penal, p. 133
Lei do desejo à anomia do gozo. Transformações culturais pelas lentes da psicanálise, p. 46
Lei e o laço social, p. 114
Lei penal. Identificação social pelo parecer ter e o poder da lei penal enquanto instrumento de manutenção do status quo, p. 156
Lei, o desejo e o laço social, p. 121
Lei. Brasileiro e a lei, uma relação historicamente perversa, p. 53
Lei. Indivíduo, a sociedade e a lei, no Brasil e no mundo, p. 45

M

Manutenção do status quo. Identificação social pelo parecer ter e o poder da lei penal enquanto instrumento de manutenção do status quo, p. 156
Mito grego sobre a idade do ferro, p. 65
Modernidade à pós-modernidade. Aspectos sociais e subjetivos de um período de extremos, p. 65
Morte. Supereu e sua relação com a pulsão de morte, p. 89
Mundo. Indivíduo, a sociedade e alei, no Brasil e no mundo, p. 45

N

Normas. Prodigalidade legislativa em contraposição à ineficácia prática das normas brasileiras, p. 59

P

Passagem da modernidade para a pós-modernidade, marcada pela conversão da sociedade de produção em sociedade de consumo, com a instauração de uma crise no supereu do sujeito contemporâneo, p. 95
Penal. Estado penalmente máximo e socialmente mínimo, p. 145
Período de extremos. Modernidade à pós-modernidade. Aspectos sociais e subjetivos de um período de extremos, p. 65
Personalidade. Constituição. Estruturação do supereu a partir de uma breve síntese do modelo freudiano de constituição da personalidade, p. 81
Prefácio, p. 27
Privação relativa e a sociedade de consumo. Inclusão cultural e exclusão social, p. 141
Prodigalidade legislativa em contraposição à ineficácia prática das normas brasileiras, p. 59
Psicanálise e direito. Abordagem aos fenômenos da criminalidade e da violência a partir da interface entre psicanálise e direito, p. 44
Pulsão de morte. Supereu e sua relação com a pulsão de morte, p. 89

R

Referências, p. 171
Relação historicamente perversa. Brasileiro e a lei, p. 53
Respostas do Estado. Violência e criminalidade no Brasil globalizado, p. 149

S

Síntese do modelo freudiano de constituição da personalidade. Estruturação do supereu, p. 81
Sistema penal. Sobre a ilegitimidade ontológica/radical do sistema penal, p. 135
Sistema penal. Xeque-mate: um golpe ético na legitimidade do sistema penal, p. 133
Sobre a ilegitimidade ontológica/radical do sistema penal, p. 135
Sociedade de consumo. Crise do supereu e o caráter criminógeno da sociedade de consumo, p. 104
Sociedade de consumo. Inclusão cultural e exclusão social: a privação relativa e a sociedade de consumo, p. 141
Sociedade de consumo. Passagem da modernidade para a pós modernidade, marcada pela conversão da sociedade de produção em sociedade de consumo, com a instauração de uma crise no supereu do sujeito contemporâneo, p. 95
Sociedade de produção. Passagem da modernidade para a pós modernidade, marcada pela conversão da sociedade de produção em sociedade de consumo, com a instauração de uma crise no supereu do sujeito contemporâneo, p. 95
Sociedade moderna e supereu, p. 81
Sociedade. Estado penalmente máximo e socialmente mínimo, p. 145
Sociedade. Indivíduo, a sociedade ea lei, no Brasil e no mundo, p. 45
Sociedade. Modernidade à pós-modernidade. Aspectos sociais e subjetivos de um período de extremos, p. 65
Sua majestade, o indivíduo consumidor, p. 72
Supereu e a sociedade moderna, p. 81
Supereu e sua relação com a pulsão de morte, p. 89
Supereu freudiano e sua relação com a cultura, p. 81

T

Totem e tabu. Laço social, p. 116
Transformações culturais pelas lentes da psicanálise. Da lei do desejo à anomia do gozo, p. 46

V

Violência e criminalidade no Brasil globalizado. Análise crítica acerca das respostas do Estado, p. 149
Violência e criminalidade: uma questão ética, p. 48
Violência. Abordagem aos fenômenos da criminalidade e da violência a partir da interface entre psicanálise e direito, p. 44
Violência. Legitimidade do estudo proposto diante da ausência de respostas adequadas ao avanço da criminalidade e da violência, p. 40