Capa do livro: Juventude, Criminalização e Direitos Fundamentais - A Fabricação da Identidade do Inimigo, Vinícius de Moraes Franco

Juventude, Criminalização e Direitos Fundamentais - A Fabricação da Identidade do Inimigo

Vinícius de Moraes Franco

    Preço

    por R$ 79,90

    Ficha técnica

    Autor/Autores: Vinícius de Moraes Franco

    ISBN v. impressa: 978853629765-1

    ISBN v. digital: 978853629894-8

    Acabamento: Brochura

    Formato: 15,0x21,0 cm

    Peso: 211grs.

    Número de páginas: 170

    Publicado em: 11/05/2022

    Área(s): Direito - Diversos

    Versão Digital (eBook)

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    Sinopse

    Esta obra tem como objetivo central, ancorada nas teorias da Sociologia e da Criminologia Crítica, apresentar e compreender os processos jurídico-sociológicos de fabricação dos inimigos sociais e a criminalização da juventude. Pesquisou-se sobre como esse fenômeno e a consequente criminalização da juventude operam e se relacionam com a tendência para a maximização do Estado Penal e com as propostas de redução da idade de imputação penal no Brasil como solução para os problemas sociais e político-criminais e, sobretudo, como estratégia de neutralização do adolescente considerado suspeito, que passa a figurar como novo inimigo social.  Realizou-se análise crítica sobre a intolerância percebida nas narrativas emergentes sobre os adolescentes suspeitos, cujas origens podem ser identificadas na carga histórica do processo de formação da sociedade brasileira que direciona a acusação social para tipos sociais negativos, fenômeno este potencializado pelos pânicos morais, pela insegurança na sociedade atual e pela espetacularização da delinquência juvenil na mídia hegemônica. O sentimento de medo e insegurança na população e a produção das identidades de suspeitos sociais como responsáveis pelo caos na sociedade infligem aos adolescentes suspeitos o status de inimigo da sociedade e do bem comum, de forma bastante substanciada na retórica da impunidade e no senso comum penal, o que justificou esta pesquisa. Foram investigadas também as ambiguidades entre essas tendências criminalizantes, que culminam com propostas de rebaixamento da idade de imputação penal, e o panorama real de violência e da vulnerabilidade social no Brasil, à luz dos dados relativos à vitimização da juventude brasileira. Para esse fim, elegeram-se os métodos hipotético-dedutivo e indutivo, além do método dialético em um trabalho dessa natureza, dada a necessidade de realizar um estudo da realidade em seu movimento, analisando as partes em constante relação com a totalidade e possibilitando uma visão holística sobre o fenômeno.

    Autor(es)

    VINÍCIUS DE MORAES FRANCO

    Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Mato Grosso, na Linha de Pesquisa de Direitos Humanos e Fundamentais. Graduado em Direito pela Universidade do Estado de Mato Grosso, Advogado e Especialista em Direito Penal e Processual Penal. Servidor da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso. Pesquisador e palestrante na área de criminologia e política criminal; direitos humanos das minorias e grupos vulneráveis; direitos juvenis; criminalização da juventude e os processos jurídico-sociológicos de criminalização. Membro do Grupo de Estudos em Criminologias e outras Ciências (GECRIMe) da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso.

    Sumário

    INTRODUÇÃO

    Capítulo 1 SOCIEDADE EXCLUDENTE, INSEGURANÇA E O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DOS INIMIGOS SOCIAIS

    1.1 CONTRIBUIÇÕES FILOSÓFICAS E SOCIOLÓGICAS SOBRE A SOCIEDADE DE RISCOS, O MEDO E A INSEGURANÇA ONTOLÓGICA

    1.2 A DINÂMICA EXCLUDENTE DA MODERNIDADE RECENTE, A DEMONIZAÇÃO DOS DESVIANTES E A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA

    1.3 O DESENCANTO COM O WELFARE STATE E A CONSAGRAÇÃO DO ESTADO PENAL COMO FORMA DE NEUTRALIZAÇÃO DOS INIMIGOS FABRICADOS

    Capítulo 2 TEORIA JURÍDICA DO DIREITO CONSTITUCIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO CONTEXTO INFRACIONAL E O DIREITO PENAL JUVENIL ENQUANTO TEORIA CRIMINALIZANTE

    2.1 PERCURSO HISTÓRICO DO DIREITO JUVENIL E O PANORAMA PROTETIVO DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA: DA INDIFERENCIAÇÃO À PROTEÇÃO INTEGRAL

    2.2 ATO INFRACIONAL, NATUREZA JURÍDICA DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA E O MODELO DIFERENCIADO DE RESPONSABILIZAÇÃO JUVENIL

    2.3 CRISE INTERPRETATIVA NA TEORIA DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: DIREITO PENAL JUVENIL, EXPANSIONISMO DO ESTADO PENAL E A SUBVERSÃO DO DISCURSO GARANTISTA

    Capítulo 3 ENTRE PERMANÊNCIAS E ANACRONISMOS NA SOCIEDADE DA VIOLÊNCIA SELETIVA: SUJEIÇÃO CRIMINAL, OS SUSPEITOS SOCIAIS E A JUVENTUDE COMO UM NOVO INIMIGO SOCIAL

    3.1 CRIMINOLOGIA CRÍTICA E OUTRAS CIÊNCIAS COMO INSTRUMENTAIS ANALÍTICOS PARA COMPREENSÃO DO DESVIO E DA SOCIEDADE DE CONTROLE: INTERLOCUÇÕES SOCIOJURÍDICAS A PARTIR DE UMA REALIDADE LOCALIZADA

    3.2 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O SUJEITO CONSIDERADO SUSPEITO E PERMANÊNCIAS NA ÁREA INFRACIONAL: ESTEREÓTIPOS, CATEGORIA DE BANDIDO E SUJEIÇÃO CRIMINAL DO ADOLESCENTE

    3.3 AMBIGUIDADES ENTRE A ESPETACULARIZAÇÃO DA DELINQUÊNCIA JUVENIL E A VULNERABILIDADE DO ADOLESCENTE: AS NARRATIVAS DO MEDO, A RETÓRICA DA IMPUNIDADE E A PROPOSTA REDUCIONISTA COMO ESTRATÉGIA DE NEUTRALIZAÇÃO DO NOVO INIMIGO

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    REFERÊNCIAS

    Índice alfabético

    A

    • Adolescente. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Adolescente. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Anacronismo. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Área infracional. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Ato infracional, natureza jurídica da medida socioeducativa e o modelo diferenciado de responsabilização juvenil

    C

    • Categoria de bandido. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Considerações finais
    • Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica
    • Criminalização da pobreza. Dinâmica excludente da modernidade recente, a demonização dos desviantes e a criminalização da pobreza
    • Criminologia crítica e outras ciências como instrumentais analíticos para compreensão do desvio e da sociedade de controle: interlocuções sociojurídicas a partir de uma realidade localizada
    • Crise interpretativa na teoria do direito da criança e do adolescente: direito penal juvenil, expansionismo do estado penal e a subversão do discurso garantista

    D

    • Delinquência juvenil. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Demonização. Dinâmica excludente da modernidade recente, a demonização dos desviantes e a criminalização da pobreza
    • Desencanto com o Welfare State e a consagração do Estado penal como forma de neutralização dos inimigos fabricados
    • Dinâmica excludente da modernidade recente, a demonização dos desviantes e a criminalização da pobreza
    • Direito constitucional da criança e do adolescente. Teoria jurídica do direito constitucional da criança e do adolescente no contexto infracional e o direito penal juvenil enquanto teoria criminalizante
    • Direito Penal Juvenil. Crise interpretativa na teoria do direito da criança e do adolescente: direito penal juvenil, expansionismo do estado penal e a subversão do discurso garantista
    • Direito Penal Juvenil. Percurso histórico do direito juvenil e o panorama protetivo da infância e da adolescência: da indiferenciação à proteção integral
    • Direito Penal Juvenil. Teoria jurídica do direito constitucional da criança e do adolescente no contexto infracional e o direito penal juvenil enquanto teoria criminalizante

    E

    • Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Espetacularização. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Estado penal. Crise interpretativa na teoria do direito da criança e do adolescente: direito penal juvenil, expansionismo do estado penal e a subversão do discurso garantista
    • Estado Penal. Desencanto com o Welfare State e a consagração do Estado penal como forma de neutralização dos inimigos fabricados
    • Estereótipo. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Exclusão. Dinâmica excludente da modernidade recente, a demonização dos desviantes e a criminalização da pobreza
    • Exclusão. Sociedade excludente, insegurança e o processo de fabricação dos inimigos sociais

    F

    • Filosofia. Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica

    H

    • Hermenêutica. Crise interpretativa na teoria do direito da criança e do adolescente: direito penal juvenil, expansionismo do estado penal e a subversão do discurso garantista
    • Histórico. Percurso histórico do direito juvenil e o panorama protetivo da infância e da adolescência: da indiferenciação à proteção integral

    I

    • Impunidade. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Infração. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Inimigo fabricado. Desencanto com o Welfare State e a consagração do Estado penal como forma de neutralização dos inimigos fabricados
    • Inimigo social. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Inimigo social. Sociedade excludente, insegurança e o processo de fabricação dos inimigos sociais
    • Inimigo. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Inimigo. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Insegurança ontológica. Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica
    • Interlocuções sociojurídicas. Criminologia crítica e outras ciências como instrumentais analíticos para compreensão do desvio e da sociedade de controle: interlocuções sociojurídicas a partir de uma realidade localizada
    • Introdução

    J

    • Juventude. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social

    M

    • Medidas socioeducativas. Ato infracional, natureza jurídica da medida socioeducativa e o modelo diferenciado de responsabilização juvenil
    • Medo. Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica
    • Modernidade. Dinâmica excludente da modernidade recente, a demonização dos desviantes e a criminalização da pobreza

    N

    • Narrativa do medo. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Natureza jurídica. Ato infracional, natureza jurídica da medida socioeducativa e o modelo diferenciado de responsabilização juvenil
    • Neutralização do novo inimigo. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo
    • Neutralização. Desencanto com o Welfare State e a consagração do Estado penal como forma de neutralização dos inimigos fabricados

    O

    • Ontologia. Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica

    P

    • Percurso histórico do direito juvenil e o panorama protetivo da infância e da adolescência: da indiferenciação à proteção integral
    • Proteção da infância e da adolescência. Percurso histórico do direito juvenil e o panorama protetivo da infância e da adolescência: da indiferenciação à proteção integral
    • Proteção integral. Percurso histórico do direito juvenil e o panorama protetivo da infância e da adolescência: da indiferenciação à proteção integral

    R

    • Realidade localizada. Criminologia crítica e outras ciências como instrumentais analíticos para compreensão do desvio e da sociedade de controle: interlocuções sociojurídicas a partir de uma realidade localizada
    • Referências
    • Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Responsabilização juvenil. Ato infracional, natureza jurídica da medida socioeducativa e o modelo diferenciado de responsabilização juvenil
    • Retórica da impunidade. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo

    S

    • Segurança. Sociedade excludente, insegurança e o processo de fabricação dos inimigos sociais
    • Sociedade da violência seletiva. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Sociedade de controle. Criminologia crítica e outras ciências como instrumentais analíticos para compreensão do desvio e da sociedade de controle: interlocuções sociojurídicas a partir de uma realidade localizada
    • Sociedade excludente, insegurança e o processo de fabricação dos inimigos sociais
    • Sociedade de risco. Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica
    • Sociologia. Contribuições filosóficas e sociológicas sobre a sociedade de riscos, o medo e a insegurança ontológica
    • Subversão do discurso garantista. Crise interpretativa na teoria do direito da criança e do adolescente: direito penal juvenil, expansionismo do estado penal e a subversão do discurso garantista
    • Sujeição criminal do adolescente. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente
    • Sujeição criminal. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Suspeito social. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Suspeito. Representações sociais sobre o sujeito considerado suspeito e permanências na área infracional: estereótipos, categoria de bandido e sujeição criminal do adolescente

    T

    • Teoria criminalizante. Teoria jurídica do direito constitucional da criança e do adolescente no contexto infracional e o direito penal juvenil enquanto teoria criminalizante
    • Teoria do direito da criança e do adolescente. Crise interpretativa na teoria do direito da criança e do adolescente: direito penal juvenil, expansionismo do estado penal e a subversão do discurso garantista
    • Teoria jurídica do direito constitucional da criança e do adolescente no contexto infracional e o direito penal juvenil enquanto teoria criminalizante

    V

    • Violência seletiva. Entre permanências e anacronismos na sociedade da violência seletiva: sujeição criminal, os suspeitos sociais e a juventude como um novo inimigo social
    • Vulnerabilidade do adolescente. Ambiguidades entre a espetacularização da delinquência juvenil e a vulnerabilidade do adolescente: as narrativas do medo, a retórica da impunidade e a proposta reducionista como estratégia de neutralização do novo inimigo

    W

    • Welfare State. Desencanto com o Welfare State e a consagração do Estado penal como forma de neutralização dos inimigos fabricados