Mafra no Tempo da Charrete - A Vida Como Ela Era - Semeando Livros

Tudo permanece no mesmo lugar: as ruas, a praça, a ponte, mas, como é óbvio, o tempo deixou seu rastro de transformação, e, após tantas décadas, Mafra é uma velha cidade nova, integrada no ritmo do século XXI. As novas gerações se surpreendem com o estilo de vida suportado por seus ancestrais, numa época em que a máquina – a não ser a de costura – ainda não se integrara à rotina e a eletrônica estava a um século de distância. A vida era forjada na capacidade dos braços de homens e mulheres vindos de longe, unidos pelo mesmo sonho de construir e prosperar. Estas páginas pretendem informar – embora em breve sinopse – sobre a vida dos que, no passado, estabeleceram as bases da moderna cidade de Mafra. Os personagens que nelas se movimentam são reais e servem para ilustrar as dificuldades de uma época de pouco desenvolvimento, num tempo de diversidade de culturas, variedade de idiomas e de grandes necessidades; tempo de legumes vendidos de porta em porta, da matança da criação de animais domésticos, dos aventais bordados e das tropas de bois nas ruas. Tempo de carroças, de galhotas e charretes. Mas, sobretudo, um tempo de integração. Esta obra pretende, também, ser um convite à reflexão sobre a transitoriedade das verdades e condicionamentos de cada época, e sobre a capacidade humana de ultrapassar barreiras determinantes aos limites, no exercício da vida. Alguns dos personagens deste livro – embora com presença fugaz – têm seus nomes perpetuados em ruas de Mafra, cidadãos que contribuíram, de maneira destacada, para o desenvolvimento da cidade, em diversas áreas de atividade. Em nenhum momento houve a pretensão de escrever biografias, mas, apenas, a informação sobre velhas rotinas e costumes de um tempo em que a vida apresentava contornos bem diferentes, e muitos nomes, aqui, coincidem com o de pessoas reais, sem apresentarem exatamente as mesmas individualidades.

IOLANDA TECLA DA SILVEIRA

Natural de Mafra, SC. Romancista, jornalista, poetisa e palestrante. Estudou Agronomia, Jornalismo, Paisagismo e Ciências Econômicas. Por ter casado com diplomata espanhol, residiu em vários países da Europa, América e África, motivo pelo qual não conseguiu completar seus estudos. Em Angola, durante 16 anos, exerceu o jornalismo nos principais jornais e revistas de Luanda. Na Espanha estudou paisagismo com o renomado arquiteto José Bringas, tendo dirigido, mais tarde, a revista Mundo Verde Azul, de Luanda, especializada em paisagismo residencial. Em Luanda fundou a Liga dos Amigos da Criança, instituição benemérita da qual foi presidente durante anos. Ainda em Luanda foi membro do grupo literário “Elos” (Cadeias), como única representante feminina. Chefe dos serviços informativos da Cruz Vermelha Portuguesa de Luanda, foi agraciada com a Placa de Prata, por Altos Serviços. Publicou livros no Brasil e em Angola. O romance “A Noite da Nossa Angústia” (Editora Argos, Luanda) foi best-seller no ano da sua publicação, com duas edições esgotadas em poucas semanas, e exemplares em bibliotecas, também, de Portugal. Segundo uma seleção promovida pela Universidade of Wollongong, da Austrália, o nome da autora foi incluído na lista Women Writing Africa, como uma das escritoras africanas do ano. Exemplares da obra também se encontram na Bibliothèque de L’Université Laval, no Pavilhão Jean-Charles Bonenfant, em Quebec, Canadá. Livros publicados: A Noite da Nossa Angústia (romance), O Cordeiro da Meia Noite (romance), A Biblia Segundo a Escrava Agar (ensaio), Voltar a Ser Negro (romance), Além dos Sentidos (ensaio), Profecias do Fim do Mundo, erros e acertos (profecias), O Islã no Vaticano (ensaio), Com um Gato no Colo (romance), O que Você Leva Aí? (contos), De Salto Alto nas Pedras (romance), Angola Para Sempre (romance). Colaboração em diversas antologias, jornais e revistas de Angola e do Brasil. Membro da Academia Feminina de Letras do Paraná, cadeira n. 27. Membro do Centro Paranaense Feminino de Cultura. Membro do Centro de Letras do Paraná. Homenagens: Medalha de Mérito Literário Fernando Amaro, da Câmara Municipal de Curitiba. Votos de Louvor e Congratulações, da Câmara Municipal de Curitiba. Votos de Congratulações e Aplausos, da Câmara Municipal de Curitiba. Também usa o pseudônimo literário IOLANDA DE BALBOA.