Revista da Associação Psicanalítica de Curitiba - N° 29 - Corpos

Não se tira um corpo de letra e não se tiram as letras de um corpo pois a fisiologia da letra o envolve ao nascer, radiação cósmica de fundo que marca apenas a espécie humana e que se pode ver e ouvir em algumas psicopatologias onde o Outro se apresenta como chuvisco em tela de tv sem canal algum.

Letramento, pulsões, significantes, análise que tantas vezes é sintática e nunca sintética; o corpo é um texto que demanda leitura?

Do real que o significante funda em seu trabalho original, emergem letras cujo sentido escapa porque não o é, mesmo tão imajado para a ciência, tão almejado por ela. Do real, as letras no corpo ora são fumaça de um fogo que não existe e ora são matéria calcinada, às vezes sendo necessário aumentar o fogo do desejo e às vezes restando apenas a função de rescaldo na busca de objetos possíveis para humanidade parca... Por sorte, é possível contar com incêndios desejantes que iluminam corpos-sintoma dos quais temos de resgatar a humanidade significante, Prometeu sem nada prometer.

Não há clínica sem corpo ancorado ao significante, como demonstram os textos do 29º número da revista da APC.

Responsável por esta edição:

Wael de Oliveira

Organizadora:

Camila Zoschke Freire

Conselho Editorial

Angela Vorcaro
Edson de Sousa
Ivan Corrêa
Jean-Jacques Rassial
Maria Cristina Kupfer
Manoel Tosta Berlinck
Nelson da Silva Júnior
Rinaldo Voltolini
Silvana Rabello

Corpo Consultivo:

Dayse Stoklos Malucelli
Leda Mariza Fischer Bernardino
Marcus do Rio Teixeira
Michele Kamers
Oscar Angel Cesarotto
Ricardo Goldenberg
Rosa Maria Marini Mariotto
Rosane Zétola Lustoza

Colaboradores:

Ana Costa
Angelita Wisnieski da Silva
Camila Zoschke Freire
Dominique Fingermann
Heloísa Helena Aragão e Ramirez
Joëlle Gordon
Maria Fernanda Liberato Beduschi
Michele Kamers
Rosangela Nascimento Vernizi
Tatiana Carvalho Assadi