Psicologia e Assistência Social - Uma Análise do Discurso de Psicólogos que Atuam em Centros de Referência de Assistência Social - Prefácio da Doutora Vânia Baptista Nery
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Ficha técnica
Autor(es): Amanda Carollo Ramos da Silva
ISBN v. impressa: 978655605583-1
ISBN v. digital: 978655605546-6
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 161grs.
Número de páginas: 130
Publicado em: 25/03/2021
Área(s): Psicologia - Social
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Sinopse
Este livro aborda a inserção dos psicólogos na Assistência Social e a decorrência desta em seus modos de subjetivação. Pretende fomentar reflexões sobre a atuação do psicólogo em contextos diversos dos usuais, sobre a formação profissional, além de promover discussões sobre a interface entre a atuação de psicólogos com outras categorias profissionais. Para tanto, apresenta o percurso de uma pesquisa acadêmica realizada com profissionais que atuam em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), sendo seu objetivo investigar as imagens de si e da prática profissional configuradas.
O método eleito para a realização do estudo foi a Análise Institucional do Discurso (AID) e os materiais analisados foram produzidos a partir de um grupo de reflexão, em cinco encontros. Apesar do foco estar relacionado ao profissional da Psicologia, foram convocadas também assistentes sociais para participar do estudo, pois ambas as categorias profissionais têm atuado nas mesmas equipes e espaços. Também, por se entender que a subjetividade e a imagem que os profissionais constroem de si se dão na relação.
Analisando os movimentos discursivos, pode-se afirmar que as participantes ora se veem enquanto profissionais da sua área de formação, ora se veem enquanto agentes da Política de Assistência Social; ora se veem empoderadas, ora vulneráveis. Contudo, predomina entre as participantes o mesmo posicionamento: se colocam como desempoderadas, vulneráveis e sem autonomia para atuação — tal como supostamente são os usuários da Assistência Social.
Quanto à prática profissional da Psicologia, fica evidenciado um conflito entre legitimar e desnaturalizar o fazer e o saber desta ciência – ao mesmo tempo em que assumem a subjetividade como objeto de trabalho, parecem não se sentir autorizadas a trabalhá-la neste contexto. O lugar da subjetividade, e, ao mesmo tempo, da Psicologia na Política de Assistência Social, então, é “pendurada na porta”.
Autor(es)
AMANDA CAROLLO RAMOS DA SILVA
Doutoranda em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp – Assis. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Paraná. Graduada em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina. Psicóloga Judiciária no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Atuou durante seis anos na área da Assistência Social em Curitiba/PR.
Porque comprar
Este livro apresenta o percurso de uma pesquisa acadêmica realizada com psicólogos que atuam em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), sendo seu objetivo investigar as imagens de si e da prática profissional configuradas. Apesar de o foco do estudo ser a inserção da Psicologia neste contexto de atuação, foram convocados assistentes sociais para participarem dos encontros do grupo de reflexão, a partir dos quais se obtiveram os dados apresentados. Partindo do método da Análise Institucional do Discurso (AID), foram analisados os movimentos discursivos, nos quais as participantes ora se veem enquanto profissionais da sua área de formação, ora se veem enquanto agentes da Política de Assistência Social; ora se veem empoderadas, ora vulneráveis. Quanto à prática profissional da Psicologia, fica evidenciado nos discursos um conflito entre legitimar e desnaturalizar o fazer e o saber desta ciência: ao mesmo tempo em que assumem a subjetividade como seu objeto de trabalho, parecem não se sentirem autorizadas a trabalhá-la neste contexto. O lugar da subjetividade, e, ao mesmo tempo, da Psicologia na Política de Assistência Social, então, é “pendurada na porta”.
Sumário
LISTA DE SIGLAS, p. 19
LISTA DE FIGURAS E TABELAS, p. 21
1 INTRODUÇÃO, p. 23
2 DE UMA PSICOLOGIA ELITISTA E INDIVIDUAL RUMO A UMA PSICOLOGIA VOLTADA AO COMPROMISSO SOCIAL: BREVE HISTÓRICO DA PSICOLOGIA E FORMAÇÃO ACADÊMICA, p. 29
3 PSICOLOGIA NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, p. 35
3.1 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, p. 35
3.2 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NA ASSISTÊNCIA SOCIAL, p. 42
4 PERCURSOS DA PESQUISA, p. 51
4.1 A BASE CONCEITUAL DO MÉTODO: ANÁLISE INSTITUCIONAL DO DISCURSO, p. 51
4.2 PROCEDIMENTOS, p. 56
4.3 AS PARTICIPANTES E O CONTEXTO DA ATUAÇÃO, p. 57
5 OS DISCURSOS E UMA POSSÍVEL ANÁLISE, p. 61
5.1 DO "EU SINGULAR" PARA O "NÓS INDIFERENCIADO", p. 63
5.1.1 O Ingresso - "Onde Eu Tô?", p. 64
5.1.2 A Atuação - "E Aí, Como que a Gente Vai Fazer Isso?", p. 67
5.1.3 A Relação com o Assistente Social - "Das Dificuldades quea Gente Tem pra Delimitar o que é Meu, o que é Seu, o que é Nosso", p. 73
5.1.4 A Relação com Outros Profissionais - "O Serviço Vai Continuar Sendo Feito por Quem Está Ali", p. 78
5.1.5 Ser Técnico x Ser Psicólogo/Assistente Social - "Todo Mundo é Técnico, mas Cada um na Sua Especificidade.", p. 81
5.2 EMPODERAMENTOS E VULNERABILIDADES, p. 84
5.2.1 Entre Adaptar-se e Iniciar Revoluções - "Para Quem Você Reivindica?", p. 84
5.2.2 Poder, Empoderamento ou a Falta de. - "Que Relação é Essa de Empoderamento Dentro da Instituição?", p. 87
5.2.3 As Vulnerabilidades. - "Você Acaba Praticamente Lutando Sozinha", p. 91
5.2.4 Entre a Política e a política. - "Não Vamos Poder Fugir Disso", p. 94
6 DISCUSSÃO, p. 99
CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 111
REFERÊNCIAS, p. 115
APÊNDICES, p. 119
Índice alfabético
A
- Adaptação. Entre adaptar-se e iniciar revoluções - "Para quem você reivindica?", p. 84
- Análise institucional do discurso. Base conceitual do método, p. 51
- Análise. Discursos e uma possível análise, p. 61
- Assistência social. Atuação do psicólogo na assistência social, p. 42
- Assistência social. Política nacional de assistência social, p. 35
- Assistência social. Psicologia na política de assistência social, p. 35
- Assistente social. Relação com o assistente social - "Das dificuldades que a gente tem pra delimitar o que é meu, o que é seu, o que é nosso", p. 73
- Assistente social. Ser técnico x ser psicólogo/assistente social - "Todo mundo é técnico, mas cada um na sua especificidade.", p. 81
- Atuação do psicólogo na assistência social, p. 42
- Atuação - "E aí, como que a gente vai fazer isso?", p. 67
B
- Base conceitual do método: análise institucional do discurso, p. 51
C
- Conceito. Base conceitual do método: análise institucional do discurso, p. 51
- Considerações finais, p. 111
D
- De uma psicologia elitista e individual rumo a uma psicologia voltada ao compromisso social: breve histórico da psicologia e formação acadêmica, p. 29
- Discurso. Base conceitual do método: análise institucional do discurso, p. 51
- Discursos e uma possível análise, p. 61
- Do "eu singular" para o "nós indiferenciado", p. 63
E
- Empoderamento. Poder, empoderamento ou a falta de. - "Que relação é essa de empoderamento dentro da instituição?", p. 87
- Empoderamentos e vulnerabilidades, p. 84
- Entre a política e a política. - "Não vamos poder fugir disso", p. 94
- Entre adaptar-se e iniciar revoluções - "Para quem você reivindica?", p. 84
- Especificidade. Ser técnico x ser psicólogo/assistente social - "Todo mundo é técnico, mas cada um na sua especificidade.", p. 81
- Eu singular. Do "eu singular" para o "nós indiferenciado", p. 63
F
- Figura. Lista de figuras e tabelas, p. 21
- Formação acadêmica. De uma psicologia elitista e individual rumo a uma psicologia voltada ao compromisso social: breve histórico da psicologia e formação acadêmica, p. 29
- Fuga. Entre a política e a política. - "Não vamos poder fugir disso", p. 94
I
- Ingresso - "Onde eu tô?", p. 64
- Instituição. Poder, empoderamento ou a falta de. - "Que relação é essa de empoderamento dentro da instituição?", p. 87
- Introdução, p. 23
L
- Lista de figuras e tabelas, p. 21
- Lista de siglas, p. 19
- Luta. Vulnerabilidades. - "Você acaba praticamente lutando sozinha", p. 91
M
- Método. Base conceitual do método: análise institucional do discurso, p. 51
- Meu. Relação com o assistente social - "Das dificuldades que a gente tem pra delimitar o que é meu, o que é seu, o que é nosso", p. 73
N
- Nós indiferenciado. Do "eu singular" para o "nós indiferenciado", p. 63
- Nosso. Relação com o assistente social - "Das dificuldades que a gente tem pra delimitar o que é meu, o que é seu, o que é nosso", p. 73
P
- Percursos da pesquisa, p. 51
- Pesquisa. Participantes e o contexto da atuação, p. 57
- Pesquisa. Percursos da pesquisa, p. 51
- Pesquisa. Procedimentos, p. 56
- Poder, empoderamento ou a falta de. - "Que relação é essa de empoderamento dentro da instituição?", p. 87
- Política nacional de assistência social, p. 35
- Política. Entre a política e a política. - "Não vamos poder fugir disso", p. 94
- Política. Psicologia na política de assistência social, p. 35
- Profissional. Relação com outros profissionais - "O serviço vai continuar sendo feito por quem está ali", p. 78
- Psicologia na política de assistência social, p. 35
- Psicologia. De uma psicologia elitista e individual rumo a uma psicologia voltada ao compromisso social: breve histórico da psicologia e formação acadêmica, p. 29
- Psicólogo. Atuação do psicólogo na assistência social, p. 42
- Psicólogo. Ser técnico x ser psicólogo/assistente social - "Todo mundo é técnico, mas cada um na sua especificidade.", p. 81
- Psicopatologia do compromisso social. De uma psicologia elitista e individual rumo a uma psicologia voltada ao compromisso social: breve histórico da psicologia e formação acadêmica, p. 29
- Psicopatologia elitista e individual. De uma psicologia elitista e individual rumo a uma psicologia voltada ao compromisso social: breve histórico da psicologia e formação acadêmica, p. 29
R
- Referências, p. 115
- Reinvindicação. Entre adaptar-se e iniciar revoluções - "Para quem você reivindica?", p. 84
- Relação com o assistente social - "Das dificuldades que a gente tem pra delimitar o que é meu, o que é seu, o que é nosso", p. 73
- Relação com outros profissionais - "O serviço vai continuar sendo feito por quem está ali", p. 78
- Relacionamento. Relação com o assistente social - "Das dificuldades que a gente tem pra delimitar o que é meu, o que é seu, o que é nosso", p. 73
- Relacionamento. Relação com outros profissionais - "O serviço vai continuar sendo feito por quem está ali", p. 78
- Revolução. Entre adaptar-se e iniciar revoluções - "Para quem você reivindica?", p. 84
S
- Ser técnico x ser psicólogo/assistente social - "Todo mundo é técnico, mas cada um na sua especificidade.", p. 81
- Seu. Relação com o assistente social - "Das dificuldades que a gente tem pra delimitar o que é meu, o que é seu, o que é nosso", p. 73
- Sigla. Lista de siglas, p. 19
T
- Tabela. Lista de figuras e tabelas, p. 21
- Técnico. Ser técnico x ser psicólogo/assistente social - "Todo mundo é técnico, mas cada um na sua especificidade.", p. 81
V
- Vulnerabilidade. Empoderamentos e vulnerabilidades, p. 84
- Vulnerabilidades. - "Você acaba praticamente lutando sozinha", p. 91
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