Feijão de Cego - Contos Sergipanos - Semeando Livros

Vladimir Souza Carvalho

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Ficha técnica

Autor(es): Vladimir Souza Carvalho

ISBN: 978853622570-8

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 278grs.

Número de páginas: 210

Publicado em: 18/08/2009

Área(s): Literatura e Cultura - Diversos

Sinopse

FEIJÃO DE CEGO

Paulo Roberto de Oliveira Lima (*)

Embora mais moço que o homem Vladimir Souza Carvalho, a quem conheci há cerca de vinte e poucos anos, vi nascer o escritor Vladimir Souza Carvalho. Por sua gentileza li muitos de seus contos, e até alguns livros inteiros, no original, em fase de elaboração ou no prelo e é com inevitável satisfação que pude observar o crescimento e o amadurecimento intelectual do autor. E somente esta camaradagem, de amantes da literatura, com especial predileção pelo conto, justifica o generoso convite que recebi para fazer estes ligeiros registros na “orelha” de FEIJÃO DE CEGO.
Vladimir Carvalho é hoje um escritor maduro e um contista refinado. O color regionalista que sempre o acompanhou desde o QUANDO AS CABRAS DÃO LEITE, MULUNGU DESFOLHADO e ÁGUA DE CABAÇA o tomou por inteiro. Completa a invasão, Vladimir é todo ele um pedaço do sertão nordestino, uma fazenda de gado, uma rua acanhada de qualquer povoado do interior. Sua literatura cheira a terra molhada, a cana-de-açúcar, a mato verde e virgem; tem gosto de farinha, carne seca e rapadura; sabe ao toar monótono das rodas desengonçadas de um carro de boi, ao bater de uma porteira, ao chilrear de uma guriatã.
Os acontecidos narrados em Feijão de cego o são com uma linguagem brejeira que lembra uma conversa vadia, à sombra dos alpendres ou das centenárias jaqueiras e convidam o leitor a uma boa preguiça (licença à Ariano) e ao esquecimento das coisas duras e frias da cidade. E nestas conversas há para tudo: para o humor do Soldado do Fisco, do Assunto Sério e da Consulta; para o drama de Ciúme, de Perdão e de Meu filho Teodásio; para a luxúria de Reencontro e de Visão.
Não se trata de leitura indicada ao vexado homem de negócios, habitante de cidades metropolitanas, acostumado ao folhear meteórico dos jornais quando do deglutir apressado de um café instantâneo, com leite longa vida e uma xícara de cereal seco. Salvo se egresso de família campesina, para o relembrar da infância perdida na lonjura dos anos findos. Mas então é essencial que pare, que se livre dos nós da gravata e dos sapatos, como diria Gilberto Gil em “Se eu quiser falar com Deus”, esqueça os compromissos e o relógio e se acomode no largo de uma rede, ao balançar da brisa suave e à música dos gonzos enferrujados.
Se o livro é bom, se os contos são excelentes, há entre eles uma obra prima: Herança. Texto digno de freqüentar as melhores antologias e de despertar a inveja boa dos colegas a se indagarem: por que não fui eu que o escrevi?

(*) Membro do Tribunal Regional Federal da 5a Região, jurista e contista, autor de livros nos dois ramos.

 

Autor(es)

Vladimir Souza Carvalho, sergipano de Itabaiana, filho de Jubal Carvalho e Maria de Souza Carvalho, magistrado, foi juiz de direito das Comarcas de Nossa Senhora da Glória e de Campo do Brito, em Sergipe, sendo depois juiz federal, com passagem pelas Seções Judiciárias do Piauí, Alagoas e Sergipe. Atualmente é membro do Tribunal Regional Federal da 5a Região, em Recife. É autor de livros nos campos da história municipal, poesia, folclore, direito e ficção, escrevendo, quinzenalmente, para o Correio de Sergipe, em Aracaju. Antes de Feijão de cego, no conto, publicou:
– Quando as cabras dão leite, 1971, Editora João XXXIII, Aracaju, 42 pp., 1a edição; 2001, Gráfica J. Andrade, Aracaju, 57 pp., 2a edição.
– Mulungu desfolhado, 1995, Juruá Editora, Curitiba, 142 pp.
– Água de cabaça, 2003, Juruá Editora, Curitiba, 152 pp.

 

Sumário

Herança, p. 11

Júri de vítima viva, p. 17

O rosto do noivo, p. 23

Espera, p. 29

Uma cumbuquinha de café, p. 35

Ciúme, p. 41

Soldado do Fisco, p. 47

Perdão, p. 53

Intervenção, p. 59

Parto da vaca rajada, p. 65

Turbulência, p. 71

O segredo da morte de Iolita, p. 77

Visão, p. 83

Reencontro, p. 89

Explicação, p. 95

Assunto sério, p. 103

A esposa de meu sobrinho-neto, p. 107

Meu Filho Teodásio, p. 113

Consulta, p. 119

Justificações, p. 125

Valor do cão da rapariga do cabo, p. 131

Última tarefa, p. 137

Cavalheirismo, p. 143

Reconhecimento, p. 149

Roendo o osso, p. 155

Confissão, p. 161

Descida, p. 167

Dia diferente, p. 173

As três filhas de Pedreiro Pedra, p. 179

Cama nova, p. 185

Obstáculo, p. 191

O casamento de Esterlito, p. 197

Aparição, p. 203

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